domingo, 1 de maio de 2011

A minha branquela

Não é uma Gibson, uma Fender, uma Takamine, ou uma Ovation, os  Ferraris e os Lamborghinis das guitarras, a maioria delas com preços acima dos 2000 euros, mas é uma Daytona, que já é um instrumento de boa qualidade. Não faço a mais pálida ideia se o seu nome deriva de Daytona Beach, aquela cidade norte-americana localizada na Flórida, sede da NASCAR, onde existe o principal circuito das competições da Stock Car; mas, se assim é, acho a escolha do nome bem foleira. O que tem uma guitarra a ver com o desporto automóvel? Será que, pelo prestígio da cidade automobilística americana, quiseram os criadores dos nomes de marcas que os potenciais compradores associassem o nome da guitarra a uma coisa boa? Comigo estão tramados, porque eu não embarco em publicidade de trazer por casa. Gosto do som da minha guitarra, a qualidade da madeira é excelente, é pré-amplificada, tem um afinador incorporado e o som tem um brilho agradável.

[Noutro dia, agora que me imiscui no mundo musical, entrei, por mera curiosidade, numa famosa casa de instrumentos musicais de Leiria e pedi para experimentar algumas das guitarras conhecidas pela sua excelência. Mesmo sendo uma ave implume nestas andanças, pois só há poucos meses domino alguns acordes e uns quantos dedilhados, fiquei extasiado com o peso levíssimo, a claridade e o brilho sonoro de uma Takamine de 2500,00 euros. Não restam dúvidas de que quem, depois de sentar no meu Peugeot 106, for dar uma volta num Lamborghini, nota bem as diferenças. Mas a Daytona - perdoe-se-lhe o mau gosto do epíteto -, a minha branquinha, como gosto de lhe chamar, é linda e com certeza me vai guindar ao mundo da sabedoria musical. Depois, logo se vê se o instrumento não subirá um dia de tom.]

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