sábado, 30 de abril de 2011

Claudiu Daniel - 'Just The Way You Are'


Claudiu Daniel, um artista para mim completamente desconhecido, creio que seja romeno, mas com uma belíssima voz, cujo acento confere um toque mágico a esta famosa balada, popularizada por Stewie Wonder e Barry White.

Twinset - Sunny


O famoso hit, popularizado pelos Boney M, mas já interpretado pelos mais variados artistas, desta vez numa versão completamente diferente, talvez das melhores que já ouvi, interpretada, em formato jazz, pelos Twinset.

'Noire et blanche'

Terras do Lis- Abril de 2011
A nova calçada - Leiria - Abril de 2011
 Cortes - Leiria - Abril de de 2011

The State of Art - estudos em cor

Arredores de Leiria - Abril de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

The Beatles - A primeira apresentação no 'Ed Sullivan Show' - 1964



Foi em Fevereiro de 1964, no 'Ed Sullivan Show', à época, um dos programas televisivos mais vistos nos EUA, que os Beatles fizeram a sua primeira actuação do outro lado do Atlântico. Na altura, foram vistos por quase 75 milhões de espectadores, no que ainda é hoje considerado o programa com a maior audiência de todos os tempos. Sullivan queria os Beatles no seu show dominical na CBS, mas achava que eles ainda não mereciam ser a atracção principal do programa. Epstein, o manager da banda, foi convincente nos seus argumentos e Ed Sullivan cedeu, mas com uma condição: os Beatles receberiam apenas um cachê simbólico para cobrir as despesas. Uma espectacular estratégia de propaganda espalhou anúncios, t-shirts, adesivos e até perucas dos Beatles pelos EUA, no que resultou num estrondoso sucesso comercial. Estudos feitos posteriormente, mostraram que as ruas ficaram desertas e o nível de delinquência baixou consideravelmente durante os sessenta minutos que durou o programa. Além disso, nenhum homicídio foi registado nos Estados Unidos durante o tempo que durou a sua apresentação e o país parou literalmente para acompanhar a exibição dos Beatles. No vídeo, que já não apresenta a qualidade original, por não ter sido sujeito a um 'remaster' - uma técnica hoje tornada banal, a par da digitalização -, observam-se adolescentes e mulheres adultas jovens, excitadas, aos gritos, completamente inebriadas pelos acordes das guitarras e pelos jogos de voz entre Paul, Harrison e Lennon. 

Nos EUA, os Beatles conheceram o clímax da sua internacionalização e com eles trouxeram um fenómeno, já visto no Reino Unido e em alguns países da Europa, que é o histericismo provocado pela sua música em algumas camadas de pessoas. Talvez Elvis Presley, nas suas interpretações 'ao vivo', com o tom quente e romântico da sua voz e aquela forma erotizada de dançar, que lhe era tão característica, - 'Elvis the Pelvis', como ficou conhecido em alguns meios -, tenha sido um dos primeiros interpretes a desencadear episódios histriónicos na assistência, mas nada que tivesse comparação com o que sucedia nas actuações dos Beatles.

John Lennon, numa entrevista que ficou famosa, à repórter Maureen Cleave, do Evening Standard, de Londres, caiu no extremo de proclamar a supremacia dos Beatles sobre o cristianismo. "Somos mais populares que Jesus Cristo", terá afirmado.

Como estas coisas do histerismo colectivo têm sempre réplicas ao longo dos tempos, consta por aí que um adolescente canadiano chamado Justin Bieber, ainda não faz muito tempo, andou por Liverpoll, a cidade natal dos Beatles, a provocar, ele também, surtos de histrionismo colectivo entre as adolescentes inglesas. No caso de Bieber, tal como acontecia com os Beatles, não é de todo despiciente menosprezar o 'poder da franja'. E Justin já lançou uma moda que tem feito a delícia dos oftalmologistas e das Ópticas: uma geração pitosga que já só lhe resta soprar para cima, cada vez que quer enxergar alguma coisa que se passe em seu redor. Todas as épocas, idades e gerações, têm os seus mitos e os seus heróis, e assim será sempre, mas ainda está para nascer uma banda  musical capaz de chegar àquilo em que os Beatles se tornaram: o agrupamento musical mais famoso de todos os tempos.

 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Wish You Were Here



So,
So you think you can tell
Heaven from Hell,
Blue skies from pain
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
Did they get you to trade
Your heroes for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
Did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here


Hoje trouxe um doce que o Prof. Donato há muito me havia prometido. Trata-se dos acordes e das notas do famoso hit dos Pink Floyd, 'Wish You Were Here'. Já estou a trabalhar a primeira parte da música e cada vez me vai saindo melhor. Não é tão difícil de tocar como a principio pensava que fosse. Há interpretações bem mais complicadas e com técnicas superiores. É tudo uma questão de persistência e de muitas horas agarrado à guitarra até que as notas e os acordes soem bem, todos seguidos e sem interrupção. Para além das técnicas, que são importantíssimas, e de algum substrato teórico, se não houver de quando em quando um miminho assim, fico azedo com as aulas.

Também trouxe para casa, para treinar o dedilhado, os acordes da música, 'The House of Raising Sun', que, confesso, já não gosto tanto: [Lá m/Dó/Ré/Fá 7ª/ Lá m/Dó/Mi M/Lá m/Dó/Ré/Fá 7ª/Lá m/Mi M/Mi M.]
É, no entanto, uma canção óptima para os iniciados treinarem o dedilhado, fazendo as cordas 5 e 4, alternadamente, a função de bordão, e as cordas 1, 2 e 3 o dedilhado propriamente dito.

Nesta minha ainda implume incursão pelo mundo da música, uma coisa eu já percebi: se tivermos jeito para cantar - o melhor mesmo é fazê-lo ao mesmo tempo que se toca -, uma boa capacidade rítmica e a noção dos tempos certos, tudo se torna mais fácil; o que não é o meu caso. Eu, cada vez que abro a goela para derramar um bel canto, fico parecido com aquele cantor da anedota, completamente farto de dizer aos fãs que não se chamava 'Piedade!', pois cada vez que os brindava com uma das suas interpretações, era sempre o mesmo nome que ele os ouvia gritar: 'Piedade!Piedade! Piedade!'

Sorte a dele que, para além de mau cantor, também era loiro, mas certamente um homem feliz na sua dulcíssima ignorância.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sexual Exploited Children: a Solução Final

Serra da Arrábida, Abril de 2011



 Rhymes of  Lost Innocense

Rock a bye baby
in your own room,
you live in a house
that feels like a tomb,
 you cower in the corner
 you stare at your bed,
 tears on your teddy,
 you wish you were dead.
Dead.

 Hush litle baby,
don't say a word,
Does Momma know what's going on?
Maybe she's not sure.
 Pappa plays his little games
 and leaves you there confused.
You love him and you hate him
as you go on feeling used.
Abused.

Georgie Porgie
Pudding and pie
kissed the girls an made them cry,
 touched the girls
 I don't know why.
 Why?

 Jack be nimble,
 Jack be quick
 how it makes your stomach sick.
Not a woman
but a child,
simple innocent defiled.
Child defiled.

 Ring a ring of roses,
 a pocket full of fears,
 wounded bruised emotions
 through the countless years.
 Silence is not golden,
 tell your story well.
 Share it to defeat it
 and journey back from hell.
 Tell.

 Renita Boyle


Uma das minhas leituras do momento é um livro impressionante, na sua versão original em inglês, 'Sexually Exploited Children' - desconheço se existe alguma tradução para a nossa língua -, escrito por Phyllis Kilbourn e Marjorie McDermid, duas pessoas intimamente ligadas ao fenómeno, pertencentes à Associação de matiz católica, 'Rainbows Hope', que se dedica maioritariamente à denúncia e ajuda de crianças vítimas de abusos sexuais. O livro, como o próprio nome indica, trata da tragédia de mais de um milhão de crianças forçadas todos os anos à prostituição, estimando-se que mais de dez milhões de crianças em todo o mundo sejam vítimas da indústria do sexo. Desde o incesto, ao rapto, ao tráfico, à venda das chamadas 'crianças noivas', à mutilação genital, à pornografia, à escravatura e à sujeição a doenças infecto-contagiosas, de tudo as crianças inocentes são vítimas. E este negócio, apesar do incremento dos esforços das Nações Unidas e das ONGs, tem vindo a aumentar em cada ano que passa. A Tailândia, a Índia, o Bangladesh, as Filipinas, o Laos, o Cambodja, o Vietname, o Sri Lanka e a China, situados no sudoeste asiático, bem como a Colômbia e o Brasil, na América do sul, são os principais países fornecedores da matéria prima para este chorudo negócio. Pelos motivos mais variados, estejam eles ligados a factores de pobreza extrema, tradições culturais, corrupção, ou desrespeito absoluto pelos Direitos Fundamentais das Crianças, é facto que, sobretudo nestes países, a proporção de crianças abusadas, vendidas e obrigadas a prostituírem-se em bordéis, é assustadora.

Hoje, o turismo sexual - sem procura não existe oferta - é, talvez, o principal instigador do fenómeno. Calcula-se que cerca de 700 mil ocidentais, sobretudo homens, viajem todos os anos para um destes países para terem sexo com crianças, uma vez que nos seus países de origem as leis são muito mais duras, as autoridades mais atentas e o estigmatismo social para com os pedófilos extremamente severo. A Pedofilia, cujo étimo vem do grego e quer dizer literalmente 'amor pelas crianças', tem hoje um significado totalmente diferente. Trata-se de uma perversão sexual na qual a atracção sexual de um indivíduo adulto ou adolescente está dirigida primariamente para crianças pré-púberes. É encarada pela psiquiatria como uma patologia, um desvio sexual e classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto; mas face à consciência da ilicitude do acto e à possibilidade de escolher entre o praticar ou não, é severamente punida pela lei penal da maioria dos países, onde é igualmente considerada um crime público - que não carece de queixa, ou independente de queixa. Nos países acima descritos, onde a corrupção é transversal a toda a sociedade e em que na maioria das vezes os governantes têm lucros chorudos provenientes da exploração sexual, é fácil a impunidade. 

Há na actualidade um debate aceso sobre o fenómeno da pedofilia e a hipótese da castração química dos prevaricadores tem sido aventada nos debates parlamentares de alguns países. A tese pacificamente acolhida tem sido a de que a concordância do pedófilo é sempre necessária e fundamental. Uma vez mais, mal-grado a minha formação jurídica e as injecções maciças de Direitos Fundamentais e da Personalidade que tive de estudar e engolir, não concordo com a desproporcionada protecção e garantia dada aos condenados, face aos direitos das vítimas, a que se assiste na maioria das legislações penais das sociedades ocidentais. Se a maioria dos cidadãos trabalha, paga os seus impostos, vive segundo as margens e os balizamentos sociais e obedece aos códigos de ética social e legal aceites, de forma pacífica, tem o legítimo direito de ver a protecção da sua vida e dos seus bens primariamente reconhecidos. O prémio justo para com aqueles que vivem dentro das margens da lei, que não cometem crimes e que pagam o seu tributo social através dos impostos e das taxas, seria a existência de uma legislação penal pouco branda para com os criminosos e verdadeiramente desencorajadora da prática de crimes. No caso dos pedófilos reincidentes, a castração química deveria ser sempre uma medida penal acessória do cumprimento de uma pena de prisão efectiva, sem carecer do consentimento prévio do prevaricador. Enquanto não tratarmos os criminosos como criminosos, enquanto não nos decidirmos a premiar os cumpridores e punir eficazmente os faltosos, caminharemos paulatinamente, mas de forma eficaz, para uma sociedade laça, decadente, fraca, que soçobrará inevitavelmente face à sua própria inércia.

domingo, 24 de abril de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ten Years After live no' Woodstock Festival' - 1969.




Para encerrar mais um momento de nostalgia, termino esta sucessão de publicações musicais com uma das actuações mais emblemáticas de entre os mais de 30 músicos que passaram pelo palco do Woodstock Festival. Muito deles, como Janis Joplin e Jimi Hendrix, faleceram pouco tempo depois deste evento, face ao consumo excessivo de drogas duras, mas ainda se encontram vivos, e de boa saúde, muitos dos músicos que pisaram o grande palco naqueles três dias de Agosto de 1969.

Woodstock, foi como ficou conhecido um festival de música anunciado como ' Três dias de Paz & Música', realizado em Agosto de 1969, na fazenda Max Yasgur, na cidade rural de Bethel, no estado de Nova Yorque. O festival, com mais de meio milhão de espectadores, já que a certa altura, por impossibilidade absoluta, deixaram de cobrar ingressos, exemplificou a era hippie e a contra-cultura do final dos anos 1960 e começo de 70: uma geração contestatária da guerra do Vietname, adepta do amor livre, do uso livre de drogas, do 'make love, not war', presente num concerto que é considerado a síntese de toda uma década. O  evento, original à época, e que inspirou nas décadas seguintes bastantes réplicas, provou ser único e lendário e é hoje comummente reconhecido como um dos maiores momentos na história da música popular. Este vídeo mostra a actuação de Alvin Lee, o vocalista, guitarrista e leader dos 'Ten Years After', num momento único da sua performance no Woodstock Festival. Com a sua Gibson vernelha, a imagem de marca, que veio a ficar famosa por ter o símbolo dos hippies estampado, e a inconfundível voz rouca, Alvin, fez as delicias dos presentes. A certa altura, como se pode ver no filme, já que o evento foi capturado num documentário lançado em 1970, alguém se dirige ao palco, no intervalo das actuações, para anunciar ao microfone: 'don't buy the acids in circulation, because they are a shit! If you want good acids, come next to me'. Os anos 60 e 70, foram os anos de ouro do rock n' roll, e toda a música das gerações que se lhes seguiram, não carrega a simbologia nem a força daquilo que se convencionou apelidar de 'verdadeiro rock.'

Moody Blues - Nights In White Satin (From "Live at Montreux 1997")


The Moody Blues were formed in Birmingham in the early sixties and were immediately successful, going to No.1 with their second single Go Now. As the sixties progressed their music evolved into a more lush, psychedelic sound and with the arrival of Justin Hayward and John Lodge the classic line up came together and produced the masterpiece Days Of Future Passed, which contained their classic hit single Nights In White Satin and Tuesday Afternoon. This propelled the band to a new level of success which they have sustained ever since.

Fonte: You Tube

Procol Harum - A Whiter Shade Of Pale (From "Live at the Union Chapel")



British rock legends Procol Harum are captured here at their finest, in concert at London's Union Chapel. It was the last night of a tour that had taken them from London through Europe, Japan and North America and back again to London and the band celebrated with a truly magical performance of the rarely heard full version of the immortal A Whiter Shade Of Pale.

Fonte: You Tube

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um tempo 'border line'

O céu de Leiria
Hoje, a seguir ao almoço, fui à varanda ver se o tempo estava 'estável' para dar uma voltinha de mota e deparei-me com a Casa do São Pedro engalanada de algodão cinza ofuscando um céu anil. Roguei-lhe pragas, mais os raios e coriscos que o partam e à sua personalidade 'border line'! Então, não consegue ficar estável? Nem um bocadinho? Um solezinho, uma abertazinha? Homessa, então que tome o Prozac! (haverá dessa alquimia para santos?!). Quer um homem vruuuuuummmm vruummmmm, cof... cof.. .cof...  por aí fora e põe-se com um tempo assim. Que coisa! Que que mau humor! Fónix!

Estação de Martingança - Linha do Oeste

O meu mundo é azul!
Estação de Martingança - Um apeadeiro parado no tempo
Velhos vagões enferrujando
Será um míssil russo comprado no mercado negro?
A linha do Oeste  - uma ferrovia, há muito, parada no tempo
O destino leva-me, a pedalar...
A minha azulinha estava com sede, avistei uma bomba de gasolina, com descontos e tudo e...
Já só havia esqueletos. Da gasolina, nem o cheiro...!

Ennio Morricone 'Novo Cinema Paradiso '


Raios me partam se eu não fico com os olhos em bico até conseguir tocar assim! Esta criança chinesa consegue tocar Ennio Morriconi (Cinema Paradiso) com uma clareza e um brilho fantásticos. Domina o dedilhado, o arpejo (enquanto que num acorde as notas são tocadas simultaneamente, no arpejo essas mesmas notas são tocadas uma a uma) e o tempo certo de forma exacta. Não me admirava nada se me dissessem que já toca guitarra desde os 4/5 anos de idade. O velho ditado popular, 'É de menino que se torce o pepino', que, como tantos outros, perdeu a sua origem na noite do tempos, denota uma vez mais a sua sapiência ilimitada.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dia do Motociclista

BMW 1600 6 cilindros - Não a comprei porque só tinham em cinza metalizado, é que eu com as cores sou bué de esquisito



À entrada do recinto, uma máquina emblemática
Os motociclistas começam a chegar. Daqui a nada serão mais de 35000
Durante toda a manhã e até ao início da tarde, chegavam motas aos milhares!
A vespinha da Barbie
Entretanto chegou o Ken na sua vespa branca
Uma mota transformada em carro funerário?
Minha mãe, tantas motas juntas!
Aos poucos, a Praça da Canção, onde cabem vários campos de futebol, ia enchendo
Os meus colegas arrumadores de motas
Tínhamos de arranjar lugar para todos os que iam chegando
A Yamaha Diversion 900 ( ao centro) do padre Zé Manel era a rainha da festa
Eu tenho mais de cinquenta anos, sou uma BMW 650 e estou aqui para as curvas.
Desculpem, tenho de ir para casa mais cedo. Alguém me diz como posso sair com a minha mota? Olha, chama um helicóptero.
Fónix! Mesmo com uma mini espada espetada na testa e cheio de dores de cabeça, obrigam-me a fazer exibições para estes insanos motards!
Ainda não percebi porque é que toda a gente diz que  me acha parecido com o branquinho...
Vá lá, porta-te bem se não não comes as favecas
Olha. Vamos carregar sobre estes motards todos? Que saudades de uma boa carga! Aí, Alentejo, Catarina Eufémia! São tempos que não voltam mais.
Toca a acordar que já é de dia! Abre a pestana, ó motard!
Mãe. Quando eu for grande posso ser motard?
Ai, um bicho!
A iguana motard
Ó meu. Vê lá se ainda cabe aí mais algum emblema.
Montar para viver, seu ordinário?!

Bem, vou mesmo comer a cobra.
O padre Zé Manel ao centro
O padre Zé Manel ao centro, ladeado por outros sacerdotes
Um GNR vaidosão
Ó motard que passas , existe algum (G)rande (N)inhada de (R)atos mais belo do que eu?
Os gloriosos malucos das máquinas voadoras não faltaram
Que loira motard mais boazona!
Fónix! Afinal...havia outra!
Eu escolho o da Aprilia, claro!
Ó fitinhas, já tinhas visto alguma vez tantas motas juntas?
O padre Zé Manuel a montar na garupa da sua Yamaha, pronto a abençoar toda a gente
Padre Zé Manel, uma lenda viva
E, finalmente, o amor acontece
Coube este ano ao Mototurismo do Centro, do qual orgulhosamente faço parte, a organização do Dia do Motociclista, evento que decorreu no terreiro da Praça da Canção, em Coimbra. O culto religioso, como já vem sucedendo há alguns anos, presidido, pelo Padre Zé Fernando, motard convicto e já uma lenda nos meandros do motociclismo nacional, culminou com a bênção das motas, dos capacetes e dos motociclistas, no que foi o clímax da celebração do culto. O Padre Zé Fernando, apesar de bastante debilitado face ao tumor maligno que lhe tem consumido as energias e a vida, lançou sábado, dia 16 de Abril, a sua autobiografia; e, no Domingo, após a celebração da Eucaristia, ainda arranjou forças para, de pé, na sua Yamaha 900 Diversion, conduzida por um companheiro, benzer os motociclistas presentes, que erguiam as mãos ao alto numa quase histeria colectiva. O Padre Fernando, constitui um exemplo para todos nós e as suas palavras uma fonte de inspiração.

À parte o falecimento de um companheiro, que se dirigia para Coimbra (estava no local errado, à hora errada), oriundo de Sesimbra, na zona de Pombal, devido à queda repentina de um cabo de alta tensão, que o fez cair da mota e perder a vida, o evento decorreu sem outros incidentes dignos de registo. Uma vez mais, saliento uma especificidade única, difícil de encontrar noutro género de agremiações, que é o companheirismo inigualável, a cumplicidade e a sensação de pertença a uma 'tribo' que nos diferencia dos demais. Gostamos de andar de mota, gostamos de motas, e, mais não fora por isso, gostamos mais uns dos outros. Que os sortilégios da sorte nos abençoem e nos garantam prazer e boas curvas. E como diria alguém, numa frase gasta pelo uso, cuja origem se perdeu na noite dos tempos... - : 'Andar de mota é uma arte. Cair, faz parte'.