segunda-feira, 27 de março de 2017

Liberdade de escrita



Por vezes, quando compramos uma revista, ou lemos determinados blogues, é por vontade de saber da vida literária de pessoas que julgamos interessantes e porque faz parte da nossa essência termos uma certa curiosidade.

Há blogues com inegável valor literário, outros com representações fotográficas, cinematográficas e de arte espantosos, ou com belíssimas seleções musicais. Outros há que afloram as clivagens, o consenso e o conflito, com nítida vocação política, sem esquecer os blogues onde o bom humor impera. Enfim, há blogues com temáticas para todos os gostos. Mas são inegavelmente os blogues com vocação intimista que atraem mais a atenção do leitor comum.


Felizmente, ainda há quem aprecie uma "boa conversa", ainda que em forma de monólogo, que seja uma partilha de ideias, ou uma exposição mais ou menos reservada de universos pessoais que, num dado momento, se partilham com gosto.

Nestes tempos vorazes, tomados pelo pragmatismo, em que falar se vai espartilhando à necessidade de dar e receber informações, parece quase um exercício de infantilidade perdermos tempo lendo, ou escrevendo coisas, que fujam à lógica feroz desse ditame. E esta é a atitude de muita gente perante a leitura e a escrita: não perder tempo com "textos minimalistas" onde a subjetividade impere, pois somente interessa o texto formativo.



Com a democratização da possibilidade de publicar textos, proporcionada pelas novas tecnologias, a blogosfera e as redes sociais, tornaram-se espaços onde todos os que escrevem, ou querem ter algum tipo de intervenção, tal como publicitar vídeos ou textos alheios, encontram o seu lugar. E ainda bem que assim é, em prol de todas as idiossincrasias.

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