O Instituto Ricardo Jorge revelou esta segunda-feira que já foram confirmados 13 casos da variante Ómicron em Portugal, em jogadores do Belenenses SAD. Mas o virologista Pedro Simas considera que, dada a elevada taxa de vacinação contra a covid-19 em território nacional, o país está numa situação endémica e não pandémica, pelo que a nova variante não será um problema para o país. O especialista acrescenta que, com o passar do tempo, vão sempre surgir novas estirpes do SARS-CoV-2.
Monsieur de La Palice não teria dito melhor.
A propósito da virulência nos tempos que correm, há especialistas demasiado optimistas, como é o caso do Doutor Simas, outros demasiado pessimistas e ainda os moderados ou prudentes nas afirmações. Para compor o ramalhete, ainda temos comentadores televisivos, sem qualquer preparação sobre o assunto, que todos os dias, em horário nobre, bolsam opiniões e ditam sentenças sobre o estado da coisa.
A Direção Geral de Saúde, agora mais prudente e ajustada, não fora pelo menos isso ter aprendido, já não afirma algo e passados momentos o seu contrário.
Assertivo, ou ajustado, como se prefira o epíteto, seria, outrossim, investigar, constatar e somente depois informar com certeza cientifica a população.
Mas acontece que a sede de informar, a necessidade de noticiar, com toda a tramóia de interesses económicos que lhes subjazem, é mais forte do que a verdade e o rigor, que nestes tempos sombrios seriam desejáveis para maior conforto das populações.
Sobre a variante Ómicron, segundo li, a única coisa que realmente se sabe é que é mais virulenta que as demais, mas não necessariamente mais letal, nem tão pouco se sabe se as atuais vacinas são ineficazes perante a nova estirpe. Sejamos prudentes, sim, mas sem perder o tino e entrar em irrealidades.
Quase dá vontade de chamar o Jack Estirpador para nos livrar destas estirpes infinitas, mas afinal vamos todos morrer de alguma coisa.
Sem comentários:
Enviar um comentário