quinta-feira, 3 de março de 2022

Ariosto



"O amor é antes de mais nada um desejo violento do que nos escapa, como o caçador perseguindo a lebre no frio e no calor, por montanhas e vales; Desdenha-a ao alcança-lá e só a deseja enquanto a persegue na fuga"
( Ariosto)*

* Não sei quem é o Ariosto, nome curioso, nem tão pouco sei se a frase, por mim lida há momentos, é efetivamente dele, mas achei-a intrigante e, com o sono que ainda tenho na tola, tive de a ler duas vezes para lhe alcançar o pleno sentido.
 
Para o Ariosto o amor é simplesmente o prazer da conquista. E ponto final. Não estará este Cagliostro a confundir amor com sedução?

Parece que o Ariosto compara o mecanismo do amor com os princípios de Ivan Pavlov, o psicólogo russo que conseguiu associar um estímulo com uma origem natural estabelecida - o reflexo condicionado.
 
O chamado estímulo-resposta, identificado por Pavlov, ainda é utilizado, com celebrada eficácia, em escolas de treinamento de cães. Mas, deixem-me que lhes diga. O que tem o amor a ver com isto? Qual é a relação entre um animal e uma mulher? O homem é o caçador e a mulher a presa? A perseguição da presa põe o homem a salivar e desmotiva-o quando a alcança? Que tonteira mais absurda senhor Ariosto. Cuide-se. Faça terapia.



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