sábado, 3 de setembro de 2011

Aleivosidades na minha caixa de comentários - a grande novidade do blogue.

Uma preguiça sem fim, uma dedicação maior à guitarra e uma centragem excessiva no Facebook, são as causas que aponto para um abandono tão longo e efectivo do blogue. Penso, no entanto, mudar este estado de coisas, pois já sinto alguma saudade de voltar a publicar textos mais longos. Não espreitava a caixa de mensagens há meses, uma vez que não publico nada há algum tempo, e não pensei que pudesse haver comentários por moderar. Mas equivoquei-me. Afinal havia, sim. Frases sem nexo, repletas de erros ortográficos, ressabiamento, calunias, agressividade gratuita dirigida contra mim, avisos à navegação, tudo emitido por um(a) sempiterno(a) cobarde anónimo(a), incapaz de me enfrentar, caso me conheça e tenha algo lúcido para dizer. Infelizmente, esta atitude não é inédita na blogosfera e, recentemente, três ou quatro blogues que visito com assiduidade encerraram as caixas de comentários ou instalaram sistemas de registo prévio para combater os insultos anónimos. No meu caso, a censura prévia dos comentários, é suficiente para me precaver das parvidades e das visitas medíocres, cuja entrada não posso evitar, a não ser que transforme de novo o blogue numa página, cuja entrada é feita por inscrição previamente por mim autorizada. Desde que estou na blogosfera, mudei de opinião em muitas coisas. Menos numa: sempre considerei os comentários um convite aos canalhas. Atacar-me, é algo a que já há muito me habituei, só é pena que o(a) miserável nunca saia do anonimato, o que só prova o medo de me enfrentar e o cariz, mais do que salivoso e falso, das acusações que me dirige. Toda a gente tem o direito de exprimir as suas concepções e de pugnar pelas suas convicções. O que me apoquenta é que algumas pessoas denunciem uma obsessão negativa por dizer mal de mim. Nos blogues, como nos livros, tudo é ficção, tudo é literatura; e, como na vida real, tudo pode ser ao mesmo tempo verdade e mentira, tudo não passa de uma encenação. Reduzir o autor do blogue ao 'seu blogue', porém, seria acreditar numa transparência e na fidelidade de uma transposição que não tem necessariamente de existir. A subjectividade e a explicitação do carácter ficcional de toda a escrita, são aspectos complementares mas não opostos. Se a preguiça não perdurasse, procurava no 'Madrigal', o meu outro blogue, um texto que publiquei há uns anos atrás, igualmente a propósito de uma reacção minha a atitudes canalhas semelhantes. No entanto, já perdi mais do que tempo suficiente com esta questiúncula; e, mais não fosse, as parvidades repletas de erros ortográficos e sem nexo que enlameavam a minha caixa de comentários, tiveram o mérito de me 'obrigar' a escrever no blogue. Caso o(a) autor dos mimos leia este post, como espero venha a acontecer - uma vez que o(a) criminoso(a) e o(a) demente sofrem ambos da patologia do comportamento auto-mimético - e, por hipótese, quase inviável, entenda o que escrevi, fique ciente que esgotou o meu tempo de atenção.

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