terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Deixa-me ser


Um dia, depois deste agora, entrarás em mim e as gotas que caem de ti beberei. E caminharemos sem avançar por um caminho de doçuras e chegaremos. E haverá infinitos caminhos, luas cheias e infinitas chegadas. Haverá vento e chuva e caminharemos. E haverá um arco-íris duplo e chegaremos infinitas vezes. Haverá sol, flores e doçura... e veremos o demónio solto cavalgando entre as ameias... E fecharemos os olhos, amor, e seremos o princípio. Depois, ar limpo, silêncio, cheiro da terra, lisura, trinar dos pássaros. Depois, amar-te-ei com humidade de terra, força de relâmpago e rutilante ardor. Deixa-me ser o que sei ser.

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