As ações de formação a que tenho assistido, para além de serem uma forma expedita de darem a ganhar mais uns patacos em ajudas de custo, entre outras alcavalas, aos formadores, pouco ou nada formam. São antes longos bocejos de caráter obrigatório, em forma de visitas guiadas a tópicos, com apresentação de power points cheios de setinhas e bonecada. Mas como a maioria das americanices tende a ser adoptada pelos restantes países que se arrogam de pertencer à "vanguarda da civilização", a palavra de ordem das nossas estruturas organizacionais, onde a função pública moderna se pretende incluir, é a adopção plena dos últimos gritos yankee em métodos de gestão de recursos humanos. E é aqui que entra o Coaching.
O Coaching, que numa tradução mais ou menos livre quer dizer "treinamento", é um processo de ajuda que, supostamente, pretende promover o desenvolvimento das pessoas através do auto-conhecimento, conceitos, valores positivos e motivadores, em direcção a objetivos pré-estabelecidos. Assume-se como uma filosofia baseada nas capacidades, transformações e desenvolvimento na comunicação, liderança e postura, como processos contínuos e de ações por excelência. A lógica do Coaching tende a ser privilegiada nas organizações e nas performances, pois trabalha com metas e obtenção de resultados positivos, permitindo o crescimento, mais valias, satisfação pessoal e individual, bem como de grupo, e organizacional. Segundo os seus cultores, este tipo de formação está voltada para quem quer desenvolver-se e auto conhecer-se em relação ao seu estilo e aos potenciais recursos, que ainda não conhece ou não fortaleceu.
A grande mestre em Coaching, vox populis, é uma tal Dr.ª Vânia Weissberg, de nome vagamente abrasileirado e com reminiscências judaicas, que exibe um currículo impressionante onde se incluem valências e títulos que, julgo eu, nunca ninguém ouviu falar. Se não, veja-se: Trainer de Coaching e Programação Neurolinguística; (um título pomposo e misterioso...); Psicóloga e Coach (psicóloga e treinadora?); Master Coach pela ICI (se fosse UCI, ainda se poderia dar por adquirido que tivesse obtido um Mestrado numa Unidade de Cuidados Intensivos); Master em Programação Neurolinguística com Certificação Internacional ( alguém me diz o que isto significa?!).
A Doutora Vânia, qual pavona emplumada, exibe um tal historial de aptidões, que é capaz de esmagar qualquer iniciático formando. Não sei se a terei alguma vez pela frente, mas, se assim for, espero que ela me consiga incutir capacidades técnicas, capazes de melhorar as minhas performances profissionais, ou, porque não, pessoais, organizando o desalinho de alguns dos meus pensamentos - que, na sua grande maioria, prendem-se com uma ideação excessiva com a contagem do tempo de serviço para a aposentação e eventuais penalizações por antecipação da idade da reforma.
A grande mestre em Coaching, vox populis, é uma tal Dr.ª Vânia Weissberg, de nome vagamente abrasileirado e com reminiscências judaicas, que exibe um currículo impressionante onde se incluem valências e títulos que, julgo eu, nunca ninguém ouviu falar. Se não, veja-se: Trainer de Coaching e Programação Neurolinguística; (um título pomposo e misterioso...); Psicóloga e Coach (psicóloga e treinadora?); Master Coach pela ICI (se fosse UCI, ainda se poderia dar por adquirido que tivesse obtido um Mestrado numa Unidade de Cuidados Intensivos); Master em Programação Neurolinguística com Certificação Internacional ( alguém me diz o que isto significa?!).
A Doutora Vânia, qual pavona emplumada, exibe um tal historial de aptidões, que é capaz de esmagar qualquer iniciático formando. Não sei se a terei alguma vez pela frente, mas, se assim for, espero que ela me consiga incutir capacidades técnicas, capazes de melhorar as minhas performances profissionais, ou, porque não, pessoais, organizando o desalinho de alguns dos meus pensamentos - que, na sua grande maioria, prendem-se com uma ideação excessiva com a contagem do tempo de serviço para a aposentação e eventuais penalizações por antecipação da idade da reforma.
Por este andar, há-de chegar o tempo em que nós, serviçais do Estado, teremos de marrar livros de auto-ajuda, para não falar da repescagem do velho "Método Silva", aquele bruxo do mind control, como livro de cabeceira obrigatório. Vade retro formações!
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