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Já está seca, menina! Daqui a nada parecem bacalhaus! |
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Livres, no meio das flores, as crinas ao vento... |
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Eu sou o Ambrósio, o marido dela. |
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Olá! Sou a Matilde. |
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Enquanto houver árvores... |
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Agora tiras-me a seiva, qualquer dia queres o meu tronco |
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A Casa dos Lacerda - ideal para um filme de terror |
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A entrada lateral da casa |
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Uma sala no 1º piso |
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Um símbolo satânico ou cabalístico |
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Incitamento satânico |
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As paredes do 1º andar |
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As paredes do 1º andar |
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Desenhos satânicos |
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As escadarias principais |
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De dentro para fora - um quarto no 1º piso com uma vista fenomenal sobre a região |
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De dentro para fora - um dos quartos |
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De dentro para fora - a sala |
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Vista da entrada principal |
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A Mansão dos Lacerda - Monte Real. Mandada construir no início do século XX pelo Dr. Lacerda, médico ilustre da região, albergou durante décadas a sua família. Diz-se que morreram todos tragicamente, provavelmente com tuberculose. No seu interior podem-se observar imensos vestígios de velas e restos de bonecas queimadas, usados em rituais de macumba e magia negra. Curiosamente, as paredes estão repletas com poesia inglesa, romântica e misteriosa, pintada em cores vivas, escarlate, preferencialmente, talvez por ser a cor do sangue, bem como símbolos satânicos e cabalísticos. Sempre que passo por aquelas bandas, não me coíbo de atravessar a mansarda e entrar no seu interior, até porque o evitamento que a população da terra cultiva em relação à casa, exerce em mim algum fascínio. A casa solarenga está hoje completamente votada ao abandono, pois os herdeiros dos Lacerda há muito que desistiram da intenção de a mandar recuperar. Dizem que a habitação está assombrada e trás maus fluídos. |
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F-86 Sabre (exposição estática) |
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Lockheed T-33 (exposição estática) |
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T-48 (exposição estática) |
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F-16 - os aviões de caça que equipam actualmente os esquadrões da BA 5 de Monte Real. Os mesmos que, com os seus voos rasantes, são responsáveis pelo aumento assustador de abortos nos caprinos da região. |
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Oceanos amarelos |
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A amarelo é infinito |
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São campos a perder de vista |
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O amarelo, este ano, é a cor da Primavera |
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As mimosas em flor |
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Algum rosa para mitigar a profusão do amarelo |
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Mal-me-queres (Bem-me-queres?) |
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Por vezes os caminhos proibidos são exactamente os que mais apetecem - e eu não me fiz rogado |
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Montando a azulinha para um passeio pelas redondezas |
Domingo é o dia ideal para pormos em dia tudo o que vamos necessitar para a semana de trabalho que se avizinha. Há que preparar roupas, dar uma limpeza à casa e arrumar os utensílios que durante a semana vamos deixando espalhados por tudo o que é sítio. Foi com este propósito que, hoje, pelas 11h00 da manhã, hora tardia a que acordei, sentado estremunhado na beira da cama, mergulhei na maturada reflexão de que algo tinha de ser feito cá em casa. Mas e se estes laivos de Primavera acabam? E se o sol que alinda tudo lá fora vai embora? E se os pardais e os estorninhos deixarem de procurar a minha varanda? E foi pensando em tudo isto que larguei bruscamente o cabo do aspirador, desci à garagem e coloquei a azulinha a trabalhar. Ela ficou radiante e quando a coloquei a funcionar encheu a garagem de um fumo azulado. Esquecida que estava a um canto, sem que ninguém lhe ligasse, já há quase dois meses, só queria era acelerar. Com o capacete semi-integral na cabeça, óculos escuros, maleta a tiracolo e roupa aligeirada, dirigi-me para os lados da Barosa, tendo por destino as Terras do Lis e Monte Real. O sol brilhava, o céu tinha uma tonalidade anil enquanto passarinhos de cor e forma indefinida ensaiavam voos rasantes à frente da motoreta. O ruído estridente da azulinha rasgava o silêncio do final da manhã, ao mesmo tempo que ia deixando um rasto azulado de fumo atrás de si. Éramos só nós: eu, ela e a mãe-natureza.
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'Ultimamente já só ligas à matulona, aquela safada da Aprilia. Só te montas nela, vá-se lá saber porquê? Eu que sou tão pequenina e jeitosinha, económica e manobrável, fico para ali que tempos na garagem, sozinha a um canto, completamente abandonada. Mas hoje fiquei radiante de alegria por me teres convidado para este passeio; e, sabes, as cores da paisagem até condizem comigo e com a chapa da minha matrícula. É como se fosse oiro sobre azul!' | | | |
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