quarta-feira, 9 de março de 2011

Solitude

Praia Norte - Nazaré - Janeiro de 2011
Os dias felizes são azuis. Claro que isto não passa de uma opinião. Haverá quem defenda o encanto dos dias plúmbeos, com maciços de nuvens baixas a ameaçar que o céu nos vai mesmo cair em cima da cabeça. E haverá, seguramente, quem se renda aos dias chuvosos e escorregadios que transformam as casas aquecidas em portos de abrigo seguros e tranquilizantes. Há dias de todas as cores e noites sem cor. Há gostos que valorizam o sol, os espaços fechados, o campo ou o mar. Para mim, os dias felizes são azuis. A vantagem, se é que se trata de uma vantagem, de dar cor aos dias é saber que no ciclo do tempo, na rota lenta mas contínua do que se passa, os dias assinalados como os nossos chegarão. Ainda que tardem, ainda que se atrasem, ainda que não cheguem quando são devidos e esperados, há sempre um amanhã em que o dia nasce azul. E esse dia quando chegar é meu.

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