quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Das ilusões.



As ilusões são talvez tão inumeráveis como as relações dos homens entre si, ou dos homens com as coisas. E quando a ilusão desaparece, quer dizer, quando nós vemos o ser ou o facto tal como ele existe fora de nós, experimentamos um sentimento bizarro, complicado em metade pelas saudades do «fantasma» desaparecido, em metade pela surpresa agradável ante o novo, ante os factos reais. E a reposição da clareza e da verdade, muitas vezes, só sucede depois de desnudado o véu bordado de irrealidades que nos impossibilitava de ver com clareza.



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