terça-feira, 12 de abril de 2011

O homem perfeito

As mulheres, na sua grande maioria, têm a mania de estar numa busca inquietante do homem perfeito. E eles existem? Sim. Mas, não para todas. E os 'mais perfeitos', regra geral, já estão ocupados; tal como elas. Um homem de porte viril, honesto, inteligente, bonito, charmoso, carinhoso e atencioso, é mais raro do que uma formiga de asa albina. Mas, existe. Pouco se sabe, é que, com o passar do tempo, essa procura foi se "coisificando", chegando ao ponto do mulherio já fazer opções de produto de mercado. Encontrar alguém para chamar de 'meu amor' está difícil. Não sei se por serem demasiado exigentes ou por acharem sempre que lhes falta algum atributo, as mulheres nunca estão satisfeitas. Algumas, em desespero de causa, até já olham para os metrosexuais, os horripilantes, os tatuados, os brutamontes, os 'fora de prazo de validade', aqueles que são o refugo e ninguém quer. Nada verdade, e é um dado estatístico, há falta de homens - tomado o sentido literal do vocábulo. Hoje em dia, ser gay, mais do que uma opção livre e consciente, à qual nada tenho a opor, desde que conducente à felicidade do homem ou da mulher que se revê nessa escolha, parecer ser uma moda. Ser gay é fixe, é cool, é o máximo! E quem não for gay não pode almejar chegar às luzes da ribalta, seja nas artes, no espectáculo, na moda, na música, ou até, por vezes, na política, tudo planos sociais onde abundam aqueles que se acham o máximo. Essa tendência, hoje muito evidente, entroniza gravemente a percentagem de homens heterossexuais não disponíveis. E essa realidade, adicionada ao facto de os homens mais desejados estarem já tomados, não torna fácil à mulher o encontro com o homem perfeito.

Posto isto, dou um conselho às mulheres que, qual demanda do Graal, procuram incansavelmente o homem perfeito. Dediquem-se à leitura. É uma actividade, sem sombra de dúvidas, mais do que fantástica onde se podem realizar muitos sonhos e anseios. Além de elucidar tantas questões, os livros apresentam muitas vantagens, como: estão sempre convosco, quando vocês não têm interesse ou estão com 'dor de cabeça', não reclamam, calam-se e consentem. Não se incomodam de as ver com um creme verde abacate no rosto. Não comentam o tempo infinito que vocês demoram a maquilhar-se, a fazer depilação, ou a escolher uma simples peça de roupa. Não deixam o tampo da sanita levantado, não espalham roupas pelo chão, nem monopolizam a televisão com jogos de futebol. Não lhes dão qualquer trabalho: é só retirá-los da estante, lê-los e tornar a colocá-los no lugar. Quanto ao outro lado, adoram longos preliminares, permitem o aprofundamento mais íntimo do cheiro das suas páginas. Dormem sem roncar. E o melhor de tudo, não precisam de ser ligados no dia seguinte pois ao despertar, eles - os livros- já as olham sorrindo e prontos para serem devorados mais uma vez. A literatura, mais do que qualquer religião, salva. Ora experimentem.

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