segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dia do Motociclista

BMW 1600 6 cilindros - Não a comprei porque só tinham em cinza metalizado, é que eu com as cores sou bué de esquisito



À entrada do recinto, uma máquina emblemática
Os motociclistas começam a chegar. Daqui a nada serão mais de 35000
Durante toda a manhã e até ao início da tarde, chegavam motas aos milhares!
A vespinha da Barbie
Entretanto chegou o Ken na sua vespa branca
Uma mota transformada em carro funerário?
Minha mãe, tantas motas juntas!
Aos poucos, a Praça da Canção, onde cabem vários campos de futebol, ia enchendo
Os meus colegas arrumadores de motas
Tínhamos de arranjar lugar para todos os que iam chegando
A Yamaha Diversion 900 ( ao centro) do padre Zé Manel era a rainha da festa
Eu tenho mais de cinquenta anos, sou uma BMW 650 e estou aqui para as curvas.
Desculpem, tenho de ir para casa mais cedo. Alguém me diz como posso sair com a minha mota? Olha, chama um helicóptero.
Fónix! Mesmo com uma mini espada espetada na testa e cheio de dores de cabeça, obrigam-me a fazer exibições para estes insanos motards!
Ainda não percebi porque é que toda a gente diz que  me acha parecido com o branquinho...
Vá lá, porta-te bem se não não comes as favecas
Olha. Vamos carregar sobre estes motards todos? Que saudades de uma boa carga! Aí, Alentejo, Catarina Eufémia! São tempos que não voltam mais.
Toca a acordar que já é de dia! Abre a pestana, ó motard!
Mãe. Quando eu for grande posso ser motard?
Ai, um bicho!
A iguana motard
Ó meu. Vê lá se ainda cabe aí mais algum emblema.
Montar para viver, seu ordinário?!

Bem, vou mesmo comer a cobra.
O padre Zé Manel ao centro
O padre Zé Manel ao centro, ladeado por outros sacerdotes
Um GNR vaidosão
Ó motard que passas , existe algum (G)rande (N)inhada de (R)atos mais belo do que eu?
Os gloriosos malucos das máquinas voadoras não faltaram
Que loira motard mais boazona!
Fónix! Afinal...havia outra!
Eu escolho o da Aprilia, claro!
Ó fitinhas, já tinhas visto alguma vez tantas motas juntas?
O padre Zé Manuel a montar na garupa da sua Yamaha, pronto a abençoar toda a gente
Padre Zé Manel, uma lenda viva
E, finalmente, o amor acontece
Coube este ano ao Mototurismo do Centro, do qual orgulhosamente faço parte, a organização do Dia do Motociclista, evento que decorreu no terreiro da Praça da Canção, em Coimbra. O culto religioso, como já vem sucedendo há alguns anos, presidido, pelo Padre Zé Fernando, motard convicto e já uma lenda nos meandros do motociclismo nacional, culminou com a bênção das motas, dos capacetes e dos motociclistas, no que foi o clímax da celebração do culto. O Padre Zé Fernando, apesar de bastante debilitado face ao tumor maligno que lhe tem consumido as energias e a vida, lançou sábado, dia 16 de Abril, a sua autobiografia; e, no Domingo, após a celebração da Eucaristia, ainda arranjou forças para, de pé, na sua Yamaha 900 Diversion, conduzida por um companheiro, benzer os motociclistas presentes, que erguiam as mãos ao alto numa quase histeria colectiva. O Padre Fernando, constitui um exemplo para todos nós e as suas palavras uma fonte de inspiração.

À parte o falecimento de um companheiro, que se dirigia para Coimbra (estava no local errado, à hora errada), oriundo de Sesimbra, na zona de Pombal, devido à queda repentina de um cabo de alta tensão, que o fez cair da mota e perder a vida, o evento decorreu sem outros incidentes dignos de registo. Uma vez mais, saliento uma especificidade única, difícil de encontrar noutro género de agremiações, que é o companheirismo inigualável, a cumplicidade e a sensação de pertença a uma 'tribo' que nos diferencia dos demais. Gostamos de andar de mota, gostamos de motas, e, mais não fora por isso, gostamos mais uns dos outros. Que os sortilégios da sorte nos abençoem e nos garantam prazer e boas curvas. E como diria alguém, numa frase gasta pelo uso, cuja origem se perdeu na noite dos tempos... - : 'Andar de mota é uma arte. Cair, faz parte'.

Sem comentários:

Enviar um comentário